Quer ser meu parceiro?

Blog Archive

Parceiros

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
A revista estadunidense AMP publicou hoje a sua edição de número 105. O grande destaque da revista é a banda A Day To Remember que além de capa, participou de uma entrevista, pouco antes do lançamento do seu mais recente álbum ,‘What Separates Me From You’, lançado em Novembro. Durante a entrevista Jeremy McKinnon, vocalista do grupo, comentou sobre o novo trabalho, planos de turnê e acabou até esclarecendo uma dúvida sobre uma música antiga da banda que segundo algumas pessoas é uma crítica ao cristianismo. Leia a entrevista toda logo abaixo.




Créditos da tradução das 3 primeiras perguntas para o site A Day To Remember Brazil.

Vocês tiveram um ano estrelar comandando a onda do Homesick. Vocês seguem fazendo shows enormes, vendendo um monte de gravações e são uma das maiores bandas do momento. Sendo assim, como vocês seguem com isto? Para ser honesto com você, eu não estou muito preocupado com isso. Nós não estivemos preocupados com Homesick então porque se preocupar agora? O que sempre fizemos é se preocupar em tentar escrever a música, e o que ouvir dela. Mantemos em mente que nossa banda sempre foi assim e é importante para os fãs, sabe? Não estou dizendo que não é legal para as pessoas mudarem, quero dizer, que também mudamos nesse disco (Homesick), um pouco, mas continua sendo o A Day To Remember, isso faz sentido, é como o nosso próximo CD na coleção (What Separates Me From You). Nós estamos realmente focados e isso toma nosso tempo, e esse chega a ser o albúm mais pessoal que eu já escrevi, então estou muito apegado a essas músicas, e estou animado para ver o que o pessoal vai pensar sobre elas.
Vocês estão na estrada, aparentemente constante, desde que o Homesick foi lançado. Lembro de uma entrevista sua, em que você disse que esse albúm foi escrito na estrada, e ele certamente tem essas suas ideias, e aspectos. Dessa vez, você tirou folgas em casa para escrever? Ou esse é mais um albúm de estrada? Qual você prefere? (Referente ao What Separates Me From You.)
Esse albúm também foi escrito na estrada. Foi muito mais fácil desta vez, porque estávamos achando um jeito de escrever e ao mesmo tempo gravar o Homesick. Acho que já tinhamos o necessário para fazer isso, e eu poderia, então, escrever ao longo do ano, tranquilo. Escrevemos como se tivessemos sido salvos de todas essas coisas e estivessemos felizes por isso. Quando fomos gravar, eu tinha mais material do que eu precisava e então, fiquei muito feliz. Isso sempre foi um “se isso chegar perto, nós vamos trabalhar duro nisso”, mas esse albúm foi muito bem escrito sem parar, desde que o Homesick saiu. Estávamos preparados para isso, e acho que isso vai para os shows.

Você acha que escrever na estrada muda muito comparado a escrever em casa?
Isso foi feito no Homesick, porque era muito bom que esse albúm fosse escrito desse jeito, mas isso não importa porque não temos a opção de escrever em casa, nossa banda não para um segundo. Você tenque fazer enquanto pode. Tem funcionado assim, então por que mudar, sabe? Isso realmente não importa porque eu ando escrevendo músicas de acordo com o que acontece no meu dia-a-dia, sendo assim, não importa onde estou ou o que estou fazendo, isso se vai com o tempo.
Você falou anteriormente que esse disco é bem pessoal. Qual música que você pode dar como exemplo disso e tem como você explicar o que te inspirou para escrever essa letra?
O disco em si acaba passando por vários assuntos e eu acho que o título dele acaba juntando tudo em uma coisa só. Seja se isso acontece com os seus amigos ou colegas de trabalho; você se separando deles por causa do tanto que trabalha ou simplesmente por inveja que aparece graças ao que você faz ou então amigos que acabam te decepcionando e até mesmo a forma como enfrentamos quando alguém morre. Uma das músicas que é bem pessoal é uma sobre o meu último relacionamento que acabou durante o ciclo de gravações desse álbum. Eu já tinha falado sobre esse mesmo relacionamento na última faixa de Homesick, porque eu já tinha uma noção do que iria acontecer, nós dois estamos sempre tão ocupados, eu realmente não tinha tempo para isso. Não dá pra contar que alguém vá esperar por você por tanto tempo, então um dia o inevitável aconteceu. Foi até meio legal a forma como as coisas aconteceram, pouco tempo depois de terminar com ela a banda estava na Austrália, e foi ali que a ficha caiu pra mim. Eu percebi como as coisas seriam diferentes dali pra frente. Eu acabei ligando pra ela, pra pedir desculpas pela forma como tudo acabou. Acho que era a melhor coisa que poderia ser feito. E naquele momento, o fim do relacionamento não era mais uma coisa ruim pra mim, foi um daqueles momentos que eu realmente parei e senti um grande impacto na minha vida, e literalmente logo depois de desligar o telefone eu escrevi a letra mais intensa sobre o fim de um relacionamento, provavelmente uma das mais pessoais que eu já escrevi. O mais legal é o fato de que eu escrevi a música logo em seguida de tudo aquilo ter acontecido comigo, eu já tinha em mãos metade da letra 30 minutos depois de desligar o telefone. As coisas que eu falo na letra são bem intensas, eu tinha 100% de certeza sobre o que estava acontecendo na minha vida naquele instante. Eu realmente acho que muitas pessoas vão acabar se ligando nessa música por causa da forma como a letra dela foi escrita. A música se chama ‘Out of Time’.O disco inteiro não é sobre isso, ele acaba passando por vários assuntos, não é um álbum só sobre relacionamentos.
Isso dito, você pode explicar mais sobre a capa do CD, o homem dentro da ampulheta e qual a relação disso com as músicas?
É sobre como você se sente isolado. Até mesmo as pessoas que eram para ser seus amigos mais próximos acabam te decepcionando, e você se sente sozinho, como se você pudesse contar só com si mesmo, era isso que representava pra mim. Mas eu não tento forçar a minha idéia sobre as outras pessoas, eu gosto de ver o que cada um acaba interpretando. Uma música pode ter o significado completamente diferente pra mim e para um fã. Acho que isso é uma das coisas mais legais da nossa banda, a gente cria essas músicas sem um significado especifico, e ai as pessoas acabam relacionando de formas diferentes às músicas. Você precisa ver, nos shows o pessoal aparece e vem falar comigo, contam as histórias mais absurdas sobre o que a música significa pra eles e me perguntam se era isso que eu tinha na cabeça e eu sempre falo que é exatamente isso. É uma loucura escutar essas histórias, coisas bem criativas. É incrível que as nossas músicas conseguem se encaixar na vida de algumas pessoas, inclusive ajudando elas a superarem alguns momentos de dificuldade, isso é o que realmente importa pra mim, acima de qualquer outra coisa.
Você comentou sobre como vocês acabaram expandindo mais nesse disco. O que vocês fizeram de diferente que realmente te animou nesse disco?
Não é como se a gente tivesse feito tanta coisa diferente, foi só que o resultado final foi diferente. Nós nunca forçamos uma coisa, tudo tem que acontecer da forma mais natural possível. Caso contrário, nós simplesmente não usamos o que foi produzido. As coisas sempre foram assim; Eu não me preocupo em escrever o melhor álbum do mundo, não me preocupo em compor músicas que vão tocar na rádio ou coisa do tipo. Isso é o tipo de coisa que bandas que conseguem um pouco de sucesso acabam fazendo, começam a mudar as coisas e tentar manter esse auge. A gente sempre pensa no que nos trouxe até onde estamos hoje. E se as pessoas cresceram escutando as nossas músicas feitas de forma natural, porque mudaríamos agora? Obviamente, nós estamos evoluindo e crescendo dentro do mesmo estilo, está um pouco diferente agora porque estamos mais velhos, mas é com certeza A Day To Remember, um pouco mais velho mas ainda assim a mesma banda.
Vocês vão cair na estrada para uma grande turnê com Underoath, você pode nos falar com o que você está mais animado dessa turnê?
Tem muitas bandas boas nessa turnê. Underoath é uma das bandas que a gente cresceu vendo. Eles tocavam por aqui porque o vocalista antigo deles, o Dallas, é da nossa cidade Ocala, então sempre estavam por aqui. Sério mesmo, um dos primeiros shows hardcore que eu vi foram o Underoath tocando dentro de um ginásio de uma igreja, uma loucura. Essa é a nossa primeira turnê com eles, antes a gente dividiu palco em alguns festivais. Eles são caras fantásticos e estamos muito entusiasmados com o fato de cair na estrada com eles e tocar músicas novas. O novo disco vai sair na primeira semana da turnê e eu não vejo a hora de tocar as novas músicas ao vivo.
Se a banda fosse acabar amanhã, o que você gostaria de escutar dos fãs quando eles fossem falar de vocês? O que é que o A Day To Remember representa?
Eu falo isso quase todas as noites no palco, e eu sei que isso acaba soando meio clichê, mas quero deixar bem claro que eu me sinto 100% dessa forma, não estamos tentando ser pessoas super amigáveis. Eu acho fantástico o fato de que existimos até hoje e também a nossa popularidade, nunca imaginávamos que iríamos chegar a esse ponto, fazendo as coisas que estamos fazendo. Nós começamos como uma banda local, tocando músicas que não faziam sentido e que as pessoas acabavam tirando sarro. Muitos acabam falando que você tem que escolher se você quer ser uma banda pop/punk ou então hardcore, não dá pra ser as duas coisas. E a gente nunca escutou isso, e acho que por isso que no começo as coisas eram tão ruins (risos) então eu acho que a gente acabou aprendendo muito conforme as coisas foram acontecendo e acabamos nos acostumando com os críticos sempre martelando a gente, e isso acabou se manifestando na nossa própria música, o que no final das contas acabou sendo uma coisa positiva. Se tem uma coisa  que a nossa banda pode falar para as pessoas é que você é capaz de fazer qualquer coisa, contanto que você acredite e se importe com isso. Basta você acreditar em si mesmo para conseguir fazer as coisas. Essa banda não deveria estar onde está hoje, ela só chegou aqui porque todos nós acreditamos e trabalhamos duro por isso. Isso que eu acho que as pessoas deveriam pensar quando lembram do A Day To Remember.
É incrível escutar isso. Em uma entrevista recente com o Kevin Lyman, eu perguntei pra ele quem que ele achava que continuaria na cena daqui 10 anos e quem ele ainda gostaria de ver daqui 10 anos, e ele acabou falando A Day To Remember nas duas perguntas. Vocês se preocupam com o futuro bastante?
Nós vivemos um dia de cada vez. Acho que isso é o que vai nos dar uma longa vida, não nos preocupamos tanto com esse tipo de coisa, não estamos compondo músicas para tocar nas rádios, e não escrevemos para agradar a ninguém também.  Sempre mantemos em mente as nossas origens e o que isso significa pra nós. Se eu quisesse escrever um disco sobre viagens espaciais eu iria e escreveria ele, mas não seria um disco do ADTR. Se a banda quiser fazer isso e recriar todo disco, essa é a escolha deles, mas não é isso que o ADTR significa pras pessoas e não é isso que ADTR significa pra mim. Vamos escrever as músicas que queremos escrever para o ADTR e se as pessoas gostarem, legal, se não gostarem, também tudo bem. Se esse disco sair dia 16 de Novembro e vender só ¼ do que o Homesick vendeu, ainda assim vou ter mais orgulho dele do que qualquer outra coisa que eu já fiz na minha vida, pelo menos vou ter terminado a minha carreira fazendo um disco que me deu orgulho. O que é mais importante? Estamos fazendo algo que nos deixa contente e escrevemos músicas que pessoas conseguem se ligarem. Eu realmente não me importo sobre o futuro, acho que isso é o que vai nos garantir o próprio futuro, não estamos tentado forçar nada e as pessoas conseguem se relacionar com isso.
Bom, eu vou concluir essa entrevista com uma pergunta old school. Vocês tem uma música chamada ‘Why Walk On Water When We Have Boats’. E eu já vi algumas pessoas comentando sobre a letra dessa música e eu queria que você desse a sua explicação sobre ela.
Acho que essa é a música que as pessoas mais entendem erradas. Essa foi uma das poucas músicas que não são abertas a interpretações igual 90% do material que eu escrevi é. Eu escrevi essa letra diretamente do meu ponto de vista. Era sobre a forma como eu olhava algumas pessoas dentro de bandas cristãs. E isso é o que as pessoas acabam não entendendo sobre ela, o pessoal acaba achando que é uma música anti-cristã, mas não é. Eu cresci em uma escola cristã até a sexta série então eu sei muito mais sobre religião do que 90% das pessoas que acabam falando que são cristãs, e eu acabo falando isso na música eu falo que sei mais do que você [eles] acha[vam]. Nós estávamos em turnê com algumas bandas cristãs e os caras nessas bandas eram literalmente as piores pessoas que conhecemos nas nossas vidas e tudo aquilo me desanimou um pouco porque eu estava numa fase da minha vida onde estava buscando algo e eu via esses caras todas as noites falando com o pessoal que comparecia aos shows porque eles faziam isso e porque estavam ali por causa de Deus e eu era alguém que esperava alguém falar isso pra mim para eu me sentir diferente. E 90% das vezes que a gente via eles falando isso, nos bastidores eles estavam lá roubando equipamento de outras bandas ou pegando coisas. E se você fala que representa algo, você realmente tem que representar aquilo. Não pode só botar um rótulo na sua música para ajudar a vender mais discos; eu também acabo falando isso na música. Acho que isso realmente acaba machucando todo o movimento de pessoas que estavam em situações parecidas com a minha, eu estava escutando, eu estava vendo e eu estava esperando por alguém pra falar algo pra mudar a minha vida e ao mesmo tempo ficava frustrado pela forma como as pessoas estavam lidando com tudo, é isso.
Você ainda pensa dessa forma hoje?
Não. Isso era na época que a gente ainda era uma banda pequena e estávamos crescendo. Aquelas eram bandas cristãs bem pequenas também. O pessoal das bandas maiores são realmente caras certos as bandas que eu já conheci com The Devil Wears Prada, August Burns Red, Underoath, esses são realmente fiéis ao que pregam e isso é fantástico.

0 comentários:

About Me

Índice - Bandas ou Noticias

Video da Semana

Facebook

Pedidos, Elogios e Críticas

Blog Archive